OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

sexta-feira, 15 de março de 2013

EQUANTO O VENTO ME SOPRA A FRONTE

Ah, que és o Tempo que nunca sei...
Onde está?
No passado quando presente,
No presente quando passado...

Ah, que és o Vento que nunca sei...
Onde está?
Na brevidade com que dança o sino de porta
Escuta-se o mexerico das folhas de figueira,
                   Quando ele age
Na tempestade eólica dizima casa, edifícios,
Pessoas de todas as idades, paisagens de todas as grandezas.

Para pouca além do que conheço
Escuto o cicio do Vento.
Para mui além do que suspeito
Há o que o Vento segreda às flores.
E terrivelmente sinto que a Substância é mui,
Mui além, mui além...

O condor não sabe o que o sustêm intocável
Em seu vôo circular,
Em céu azul tranqüilo,

Como eu saberia ?