OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

sábado, 26 de março de 2011

BRECHA NA NOITE

Dispersa tuas nuvens de linho,
Os artífices de teu torpor,
E emancipa-te de tua morte metafórica,
Onde paisagens há de vida eufórica,

Em suspense inofensivo...

Suicida de teus inventivos sismos
Os saveiros que, em mares idílicos,
Te ofertam o aspersório de lisérgicas uvas,
No pulsante cio das cenas,

E venha obedecer à noite...

Assusta o prazer de teu cansaso
E suspenda as persianas de teus sentidos,
E com as guias bem aguçadas,
Vamos amanhecer as horas antes do sol,

Pois nos convida a lua...


Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.

FORMIDÁVEL CRIANÇA

Uma criança, inglesa,
De direções alteradas,
Sentiu a dança,
Que no hall brincava,
Que aos outros indiferente era,
─ Aqueles que desfaleciam,
No porão,
   
                                    Em que,
Imaginação definhava.
Liberdade putrefava.
Com o resto que
Apodrecia.

                               Ah! Formidável
                                               Criança.

Girou a maçaneta.
Passou para o outro lado.

..................!.........................!..................
...!.................................!.........................
.......................!...............................!.......
.!.......................................!....................!


Voltou.
              Forjou
                         No centro de uma
Moldura,
O divertido balé,
E contemplou a cegueira
Da fé ─ Pálida!
Enquanto todos bradavam:

“Bruxaria! Bruxaria!”

                                Ah! Formidável
                                                Criança.
  



Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.

VISÕES NA CAPELA

Noite de poesia nos vitrais da igreja
O visionário apanha,
                               Solitário,
A irreverência das translúcidas
                               Criaturas,
E se observa, nos espelhos naturais,
Sendo o laço que
                           Se partiu,
A maldição do fio que
                           Se perdeu,
O desespero do grito que
                           Se excedeu
                           E pariu
O assombro das janelas morais...

E
Via-se
Naquele mito insensato,
Uma fascinante inocência,
E

                                Espanto!
─ Os segundos eternos
Se passavam
E sua figura oscilava no papel que
                                             Lhe
Cabia, pois ele era a vítima dos
Práticos, e, ao mesmo golpe,
                                   O cadafalso
De tais existências!



Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.


O INSTANTE, MORDEU-ME E FUGIU

Forçado por palavras aéreas
─ Me ofendem!
Driblam-me como as águas
No excesso do calor.

Ai, doces mentiras me beijam,
E se vão,
Na calada de meu descanso.

Ah! São só palavras...
É apenas o nada!
Exercitam-se na minha exaustão,
Levantam combustão,
Dançando feito a lacraias no espaço
Oculto meu.
Que nem por um caralho se deixam
Fotografar ─ Se vestem,
Se arredam, foragidas de minha famélica
Lente ─ Nunca mais as verei!




Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.

O QUE HÁ ?

Você pensa exatamente o quê ?
Exatamente pensa o que há ?
O que há no seu exato pensar ?
Pensar o que há de seu no exato ?
Há de fato exatamente o quê ?
O que pensa no exato ver com exatidão ?
E que há no exato desenho de teu pensar ?
Que há um exato pensar que há ?
Pensa agora na exatidão que nisso não há ?
E agora no que vai exatamente pensar ?



Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.


O OUTRO LADO DA RUA

Ratos nas poças,
Selvageria na tristeza
Da noite,
Algo suplica pelo fim
Algo suplica pelo fim
                    Na noite.

Gritos não pronunciados
Precedem para o sono em
                         
                               Paz
Da nação que vaga
                            Solitária,
Atrás das janelas,
De luzes curtas e amareladas.

A última maçaneta...

A derradeira porta...
Conspira trazer
A sorte sombria,
Na armadilha urbana ─ E a alma
Grita, grita, grita.



Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.

DE REPENTE

Chuva criativa,
Criativa chuva,
Permuta cicuta,
Cicuta permuta,

                          Imaginação
               Nostálgica,
                          Saudade
                   Mágica,
Nas gotas cálidas,
Tranquilaselváticas,
Não
Te arrepiam a pele e
Não
Furtam-te.
Você não vê coerência,
A bruxaria que se forma,
               Enquanto a noite
Chora...

                  Dizendo adeus!                 



Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.
      

RESGATE DO LIBERTINO (BEIJO PARA ETERNIDADE)

Assim como Iemanjá,
À seus filhos do mar,
A mãe-lua também virá,
Ciumenta me levar,
E só ela, na espuma, terá
O direito de me amar,
E minhas amantes
Vão chorar, porquê parti
Na luz esfumaçada
De minha erótica mãe.


Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.

DISTÚRBIO DA REALIDADE

Eu nasci de um distúrbio da
Realidade,
Na beleza de aparente
          Calamidade,
Da loucura erótica que se
                      Acometeu,
Em uma noite de luxúria
         Das entidades,
Quando o sol, a lua e o mar,
Fizeram
Amor, simplesmente por amar,
              Então
Surgiu a desajustada flor,
                        ─ O poeta ─
No umbral de um portal
               Estético.
Sim, sou filho do delírio !
Da embriaguez
Duma noite de insustentável
                Leveza.


Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.



Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.