OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

terça-feira, 6 de setembro de 2011

                    "A cada cigarro um poema. Ao todo um maço... Escutar
o resmungo do fumo enquanto ele queima é tão prazeroso quanto fumá-lo...
                    Ahh... Um cigarro que seja consumido tão veloz quanto a idade de matusalém.
Será que respiro ?"

[Cá com meus botões]
Pretendo, eu, com meus arrojos
De suicídios desesperados,
Atormentar o futuro, projetando,
O que de mim restar, sem limites,
Meus fantasmas aos homens que
Estarão à frente de meu velório─ Estarei,
Uma vez mais,  no desconhecido, no imensurável.

             
                   "Aquele que cultiva suicídios sempre conseguirá
Resplandecer-se vivo."

[ Cá com meus botões. ]

POESIA

Por vezes, uma banalidade
Trajada de uma tempestade
De palavras.

NA OFICINA

Penetra ela ávida
Na noite de pensamentos meus
P’ra, implorando, não ser mais que símbolos no vazio.
                                       Copo dividido, desmembrado de susto.
Todas as vozes esbórnicas,
Eufóricas, todas em mesmo paralelo espiritual.
─ Estamos bêbados,
Janis sussurra seus berros ao fundo,
Isto é um bar!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A realidade já estava desnuda e bronzeada por tal
Investigador voraz, loiro, de todo santo dia.
O céu já era tão claro, mas não aquecia,
Ainda acordada uma certa tristeza e o vento ainda era úmido
Como a chuva
Que cochichou contra o silêncio da última madrugada─ Fora
Os santíssimos mendigos nossos
De toda madruga.
{Não dormi ou inda não despertei}
                                       Sei [só]
Que não cessei eu da vida para o descanso.
Alguns passantes com seus restos de cabelos sem cor
Arrastam-se a igreja, murmurando seus primeirúnicos
E inusurpáveis, desde certa degeneração,
Fiapos de prosa, afinal sempre são
Sempre a mesma coisa de sempre. ─ Provincidemônicos
Eis o que são.
Penso em meu pensar.
Pálpebras cansadas de tanto vigiar,
Sem saber se caí ou trepa em mim
O sono.

QUANDO A NOITE NÃO QUER TEU SONO

Noite que conspira tudo. ─
Vícios imundos,
Ruas sem geografia, corte da
Estrela vagabunda,
Na fome
Da vida.
             Ó, o querido amigo
Desvia
             Pelo beco da morte
Em vida.

Não forjes tua escuridão, quando a há lua alta,
No ostracismo doméstico de tua cova
                         Endereçada.
                                            Não sinta apenas o ar,
Coleciones no imensurável
Os suicídios,
                      Nos abismos e labirintos da vida,
Nas caçadas epifânicas.
                    Felinicas, etc,
                     Divinas da vida.
Não somente viva... Viva!