Ele vem vindo
Sonâmbulo, gritando excitado
Pelo teor de seu cachimbo,
Acendendo-se em verdade e logro,
Incorporando num mesmo átimo
A divergência dos inseparados,
De seu negro e introspecto dorso,
À revelia da fachada zombeteira e alva.
Esta persona turva, difusa
Bruxuleava em agonia,
Enquanto uma melodia sombria
Fermentava a letargia
Que o conduzia,
Numa dança maníaca
Buscando alguma experiência,
Uma alegria, um prazer suicida.
Era um existir clandestino,
Num frêmito demoníaco
Cantando, girando, queimando...
Em uma tamborilar baconíaco,
Com olhos vermelhos e lisérgicos,
Assobiando a magia da flauta,
Que sensações ligeiras imprestava
Em busca do reino dos mistérios.
Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.
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