Eu serei de novo o que será.
Minhas vestes coloridas sem cor,
Dúbias de raríssimo jeito e valor―
Corpos que se entrelaçam num
Êxtase estático-fluido,
Anjinhos, crianças que nunca
Nasceram.
Precisarão de me desfazer
A cada dia de poesia,
Pra perceber o que eu não sou,
Leve ou pesado,
A âncora ou rabo. O movimento parado ?
[?]
Alérgico a fotografias eternas
Imune a formas que envelhecem perpétuas.
― Sempre, sempre a mesma cousa outra,
Uma roda viva, águas de estações
Criativas, negro mar que cega o olhar.
Sempre, sempre, aos olhos eternos, uma vaga lembrança.
Que me matem mil vezes
A cada suicídio meu!
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