Incerteza.
Subsisto como inseto
Cercando as grades da luz...
Parasita sem mar, sem vela,
Sem pedra, sem cruz.
Sou mártir sem consolo
Num vendaval de feras,
Sem conhaque e sem blues,
No abandono de meu desespero.
Sinto meu peito embrulhado,
Sem jeito no alheio,
Disparado no medo de acelerar.
A curva me atingiu,
Deste mundo tão belo e tão vil,
E de monstro seu que pariu
Forjou sua justiça e me cuspiu.
É tão honrosa a rosa
Espinhada que me trazeis,
Vida.
[Ao filosofo-poeta, Nietzsche]
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