OFICINA DAS MAÇANETAS, ALUCINAÇÕES E VISÕES

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

A GRAÇA DA VIDA

Tempos de certeza na
Incerteza.
Subsisto como inseto
Cercando as grades da luz...
Parasita sem mar, sem vela,
Sem pedra, sem cruz.
Sou mártir sem consolo
Num vendaval de feras,
Sem conhaque e sem blues,
No abandono de meu desespero.
Sinto meu peito embrulhado,
Sem jeito no alheio,
Disparado no medo de acelerar.
A curva me atingiu,
Deste mundo tão belo e tão vil,
E de monstro seu que pariu
Forjou sua justiça e me cuspiu.
É tão honrosa a rosa
Espinhada que me trazeis,
Vida.


                                                                        [Ao filosofo-poeta, Nietzsche]

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