Dos fantasmas do cotidiano,
O que mais odeio
É o que nos diz não haver fantasmas no cotidiano,
Porque,
Nesse
Desesperado anseio de segurança provinciana,
Obcecado pelos demônios do caminho irônico do imutável,
De pouca beleza,
De pouca substância,
Tão embriagada sem embriaguez,
Que sussurram dos esconderijos da alma
Que não existem mitos em nossa cinzenta existência,
Que diz não recomenda o fumo, pois ele consome de te
A vida,
Quando na verdade só se vive quando a vida nos consome
Como um cigarro, paulatinamente, com quebradas de ritmos.
Que nos diz que o corpo é prejudicial a mente,
Que a vida só tem valor se durar,
Que não é impossível um outro universo dentro de nosso mundo,
Que a poesia não faz parte
Do pão nosso
De cada
Dia.
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