Eu inteiro em você,
Nós nos nós
De nosso lasso ,
Perante arvores
Que choram juntas com o vento
Em seu uivar tranqüilo,
Acarinhando os donos do azul,
Que pintam o cenário,
Desprendendo-se de seu canto
Notas cor de sol,
Polvilhando tudo
Com aquele aroma
Que anuncia o declínio da luz.
Uma cortina de negro mar
Trazendo suas velas
E a mãe-luz das crianças da noite,
Tornam-se sucessoras
Do anterior astro rei ,
E, agora, tudo beira quieto,
A não ser pelo lúbrico balé
Das vitória-régias com os finos movimentos
Dos relevos da agridoce lagoa ,
Formados pelas frutas, pelas flores ,
Por todo o verde que respirava ,
Que pingam neste sensível espelho d’água.
E eu diluo-me, derramo-me,
Para que o teu corpo não se esvazie
Enquanto esperamos o crepúsculo lunar.
Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.
lindo demais *-*
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