minhas órbitas palpavam uns esboços...
vestidos por um improvável bálsamo azul...
era descompassada,distorcida,diluída
a vermelha luz daquela vadia canção
Minha mente esvoaçava-se
acompanhando os lerdos nimbos
inventados pelos vapores
que me absorvem guiando-me ao prazer,
proprocionando toda aquela elucidação
O copo lascivo quando seco
pede cobiçoso a garrafa mais um beijo
que revesava-se nas mãos epléticas
que apressavam-se e multiplicavam-se
para não dar fim a alucinação
Finalmente já não encontro-me tão perto...
sou agora o centro de cinco olhos lunares...
e um deles emitiu um dragão de pétalas e espinhos
enquanto uma águia translucida no vácuo
usava como adorno uma serpente de raios lépidos
As borboletas deslocavam-se em movimentos airosos
mas sondava algo de medonho em seu afã gentil
enquanto passavam os milênios no meio do teatro
em seus navios replétos de élices remando as nuvens
me deixando fascinado com este outro lado que respirava.
Autor: BACO.
Redigido, editado e psicografado por:
Max Honorato, o maldito.
Ótimo texto. Descreveu perfeitamente certas experiências.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBelo blog. Percebe-se em seus poemas um impeto voraz pelo mundo do estraordinário.tornei-me fã.
ResponderExcluirquando estamos bebados, cada detalhe a nossa volta, supérfluo quando sóbrios, se torna poesia...
ResponderExcluircara, me identifiquei com esse poêma
caraii.. fiquei em extase lendo essa /o/
ResponderExcluirexcelente texo !! X3